quinta-feira, janeiro 29

Eu quero ser eu

Esse mês, eu li um livro que mudou a minha vida (Qual foi esse livro? Não se apega, não). "Mas você só tem 14 anos". E eu preciso ter 30 para mudar de opinião? 'Relou', né amigo. A vida é muito curta para ser vivida pela metade. E se eu morrer com 19? 25? Morrerei sem mudar por precisar esperar até 30 para isso? Será que você não vê que é loucura deixar de viver por ser muito jovem?
Depois de ter me "justificado", vamos continuar. 
Vivemos em uma sociedade romântica - talvez não seja a melhor palavra para me expressar, mas é a unica que consigo pensar -, na qual estar solteiro (solteiro de verdade, não "solteiro". Entendem, né? haha) é loucura. Muitas vezes, as pessoas - principalmente as mulheres - fazem as coisas pensando no que o sexo oposto irá pensar. "Será que se eu arrotar, ele foge?" Queremos sempre agradar os outros, ser exatamente o que querem que sejamos e, muitas vezes, esquecemos de ser o somos/queremos.
 E dai que gargalhar é falta de etiqueta? Poxa, foi engraçado! Eu quero rir e vou rir. Não deve existir uma regra que me impeça disso.
 E dai que repetir é falta de educação? Eu gostei daquele sorvete, quero mais. O dinheiro é meu, gasto como quiser.
 E dai que eu não deveria gostar de filme de terror e Dexter? Eu gosto e ponto. 
Por que eu deveria agradar aos outros e não agradar a mim mesma? As pessoas são muito mais atraentes quando estão seguras de si, realizadas e felizes. Quem merece ser reprimido pelas regras?
 Tem regra para o volume do meu riso? Tem regra que me impede de colocar o cotovelo na mesa? Tem regra que impede de ser eu? De ser uma pessoa e não as princesas da Disney? E por que essas regras estão certas e eu estou errada? Onde tá escrito isso? No livro das pessoas infelizes?
Desculpem esse desabafo, mas ainda não acabei.
Falando assim, parece que eu sou uma porca mal educada que arrota e se joga em cima das mesas dos restaurantes. Meus pais me ensinaram bons modos, mas me ensinaram a sorrir também. A não colocar a felicidade dos outros acima da minha. Me ensinaram a ser espontânea e sincera, dizendo que não gostei de algo ou que algo estava muito bom. Me ensinaram que há coisas que o dinheiro não compra, como a felicidade, o amor e a honestidade. E mais, sempre me disseram para fazer o que me faz feliz. Eles me ensinaram a pensar, a ser uma pessoa, a ter a liberdade de brincar com carros (porque é muito mais legal colocar sua Barbie dentro de um, do que "levá-la" a pé) sem ser um homem. Com meu pai, eu via futebol e torcia loucamente pelo Vitória. Com a minha mãe, eu fazia as unhas e sempre queria o vermelho, só para ficar igual a mulher mais importante da minha vida. 
Eu fui criada para ser mais do que queriam. Fui criada para ser uma companhia agradável para homens e mulheres; mas aos sábados de manhã, eu não poderia sair pois iria ao salão.
Qual é o problema de querer ser completa? De poder sentar e assistir um jogo de futebol sozinha? Por que eu preciso de alguém que me complete? Eu sou completa, eu me basto. Por que eu não posso ser tudo num só? Tipo um super combo? haha
Tenho mais dúvida: por que as mulheres não podem ser inteligentes? Pior ainda: por que os homens tem medo de mulheres mais inteligentes do que eles? Por que é preciso ser bonita ou inteligente? E se eu quiser os dois? Não posso?
Não gosto de ser limitada, de precisar escolher entre duas coisas que eu gosto ou sou. Eu sou 100%, e não preciso de ninguém para me completar. Quero alguém que me transborde. E que me aceite desse jeitinho que sou. Será que é impossível?


E vou parando por aqui. Vocês concordam comigo ou acham que eu falei um monte de baboseira? Vocês também se sentem assim? 
Beijos, e até mais!

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3 comentários:

  1. Caramba, amei de coração o texto, e que a verdade seja dita mesmo! Concordo com tudo, isso de por rótulo em tudo é tão ''uó''.

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    1. Exatamente, Bru. As pessoas rotulam tudo e no fim ser o que somos é errado. Que bom que gostou <3

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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